terça-feira, 28 de setembro de 2010

Digo: Um vazio bom de se apreciar.



As 21:45, meus olhos me desobedecem,
não consigo ver a tv, não consigo ler "o demónio familiar" e
não consigo nem fecha-los para dormir.
Minha boca também não quer dizer,
e não sinto o sabor do sorvete de morango.
Minhas mãos não querem tocar o violão e elas não querem nem escrever.
La de fora, as árvores balançam, e não consigo sentir o doce cheiro de chiclete que o vento sempre me traz. Perdi meus 4 sentidos.
Agora só me resta deitar no chão e ouvir alguma canção.
começa a tocar " Como nossos pais " já escutei milhões de vezes, mas ela nunca tinha tocado a minha alma como toco, eu chorei, e nem sabia o porque. Até parece que alguém estava ali tentando me dizer.


"Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor É uma coisa boa
Mas também sei
Que qualquer canto
É menor do que a vida
De qualquer pessoa... "
(...)

"Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais..."

Talvez não faça sentido, talvez faça. O fato é que a muito tempo não sentia uma paz tão grande em mim. Verdades, Mentiras, Acertos e Erros. Nada mais importa, só eu e a melodia. Um vazio bom de se apreciar, um vazio chamado paz.